No segundo semestre de 2015, o Banco Mundial publicou relatório sobre as facilidades ou dificuldades de se fazer negócios no mundo. Cento e oitenta e nove países foram analisados e ranqueados segundo um conjunto de critérios. O Brasil classificou-se em 116º lugar e, dentre os países do chamado BRICS, o Brasil ficou em penúltimo lugar. A Rússia ficou em primeiro nesse grupo e no 51a posição da classificação geral, África do Sul na 73a, China na 84a e Índia na 130a. Brasil, abaixo da média; Rússia, bem acima da média. (http://www.doingbusiness.org/rankings )
Em 28 de setembro de 2015, Barack Obama, Dilma Rousseff e Vladimir Putin foram à Assembleia Geral das Nações Unidas e fizeram discursos. Dilma foi a primeira a falar: tratou dos avanços na economia brasileira e pediu solidariedade ao mundo na solução de questões globais. Vladimir falou depois: tratou também de questões globais e indagou das potências ocidentais se elas realmente sabem o que fazem. Barack falou por fim e contrapôs sua visão unipolar do mundo à multipolar de Vladimir.
De volta ao Brasil, Dilma só faz cuidar da sua sobrevivência, assolada por uma crise política de sua própria fabricação. Já Vladimir, dois dias depois de seu pronunciamento, interveio na guerra da Síria com um contingente enxuto de três dezenas de aeronaves (cinco dezenas a partir de dezembro), invertendo com isso a balança da política mundial no Oriente Médio. Assim, enquanto o Brasil desponta-se decadente como problema, a Rússia desponta-se outra vez como grande potência.
Em novembro, ao conversarmos sobre esses assuntos, Elson julgou que eram assuntos bons para um site na internet. Ele desenvolveria o site graciosamente, ficando eu com o trabalho de editar seu conteúdo. Assim nasceu este “Brasil no Mundo”, com o mote “saying truth to power – falando a verdade ao poder” (http://brasilnomundo.com.br/?p=518 ), voltado para questões de ciência, de economia, de guerras, de história, de literatura e de política.
Seu conteúdo concentra-se no eixo Brasil-Rússia e se distribui em três colunas: Brasil, Caro Senador, Mundo. A coluna Caro Senador leva esse nome por conta do nosso trabalho rotineiro de assessorar senadores, essas pessoas poderosas a quem precisamos falar a verdade. Nessa coluna temos notas, comentários e estudos produzidos pelo editor e por colaboradores. Nas outras colunas temos uma seleção de textos sobre o que se passa no Brasil e no Mundo, relacionados explicita ou implicitamente com o que vai na coluna central. Visite-nos! Temos coisas sobre Brasil e Rússia, duas civilizações muito interessantes!