Polícia Federal
‘Assessorar alguns políticos é mais comprometedor do que se associar à boca de fumo’ Fausto Macedo, Julia Affonso e Luiz Vassallo 13 Novembro 2017 Após 30 anos de PF, primeiro como agente federal, depois como delegado, Pontes leva no currículo passagens por setores estratégicos da corporação e investigações complexas numa época em que os recursos eram escassos. Por exemplo, ele descobriu a farsa do célebre ‘Dossiê Cayman’, um punhado de papeis montados por estelionatários que pretendiam vender a opositores informações forjadas contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995/2002). O País vive um momento de apreensão com relação à corporação que, nos últimos anos, se notabilizou no combate sem tréguas à corrupção, culminando na Operação Lava Jato, a maior de todas as missões já desfechadas contra fraudadores do Tesouro. A incerteza ganhou força com a troca de comando da PF. Sai Leandro Daiello, que dirigiu a instituição durante 6 anos e dez meses – desde 2011 -, entra o delegado Fernando Segóvia, que traz consigo o rótulo de um policial ligado ao ex-presidente José Sarney, por isso acabou escolhido pelo presidente Temer. Em entrevista ao Estadão, Jorge Pontes diz que ‘uma nuvem sombria tomou o céu e a sociedade está paralisada, estática, sem reação’. “Estamos vivendo um momento extremamente delicado, em que as forças do crime institucionalizado estão se reagrupando para contra-atacar a Lava Jato e evitar de todas...
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