O Projeto (4)
Filosofia da História Mundial João E. da Silveira 06/08/2017 Nos anos 1960 e 1970, acompanhei a guerra do Vietnã e a revolução cubana. Nos anos 1970 e 1980, estudei a Rússia e os Estados Unidos. Fazia isso com o intuito de entender também a situação do Brasil. Em 1983, li na Filosofia da História de G. W. F. Hegel o seguinte trecho: “A América é portanto a terra do futuro, onde, nas eras vindouras, o peso da História do Mundo se mostrará – talvez numa contenda entre a América do Norte e a do Sul.”[1] Foi um choque, como um raio em céu azul, a leitura dessa frase, absolutamente inesperada dado o contexto da leitura. Com a frase a ribombar na cabeça, passei os anos 80 a buscar pelos sinais da tal contenda, sinais que se mostram latentes por toda parte, mas que nunca se realizam de fato. Por que não? Há algumas peculiaridades nas concepções de Hegel. Uma delas está na definição de ‘América do Sul’, onde Hegel incluía o México e excluía o Brasil. Ora, o México do tempo de Hegel incluía toda a Califórnia, o Texas e outros vastos territórios do que é, hoje, o sudoeste dos Estados Unidos. Portanto o México era e ainda é, para nós aqui da América do Sul, parte da América do Norte. Uma segunda peculiaridade é a de...
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