Mês: fevereiro 2016

Dilma (Michel) & Vladimir

João da Silveira 21/02/2016 Dilma (Michel) na Terceira Semana de Fevereiro Recomeça o ano legislativo, depois do carnaval. Os parlamentares retornam a Brasília e encontram o governo federal tecnicamente quebrado (Empiricus), com previsão de que o calote, nova moratória, é inevitável (Piaui). Segundo O Antagonista, a Folha encurtou de 30 para 10 anos o prazo para o colapso do sistema previdenciário brasileiro. Os que vivem de pensão estarão fodidos.  O Globo informa que os fundos de pensão Postalis, Petros, Funcef e Previ acumulam rombo que ultrapassa 46 bilhões de reais em 2015. Os pensionistas desses fundos estão fodidos! Esta é semana do rebaixamento do Brasil e de empresas brasileiras pela S&P. “Depois de rebaixar o Brasil para um patamar inferior ao da Guatemala, a S&P rebaixa também Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Eletrobras, BNDES, Bradesco e Itaú.” (O Antagonista). Bradesco e Itaú? Mas esses bancos não declararam lucros fantásticos no ano passado? Aguardem: a quebra do governo Dilma poderá derrubar também esses bancos, pois estão lastreados em títulos públicos, títulos do governo dela. E a Mendes Junior, e a Andrade Gutierrez, e a OAS, e a UTC, e a Odebrecht? E os parlamentares, estarão preocupados com a falência empresarial e do governo? Alguns, sim, poucos. Dá pra contar nos dedos. A maioria não. A maioria deles cuida-se de si mesma. . . Mas a estrela do momento...

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Dilma (Michel) & Vladimir

João da Silveira 14/02/2016   Dilma (Michel) na Segunda Semana de Fevereiro Semana tranquila. Até terça-feira foi carnaval; o Brasil sob o império de Momo. Na quarta-feira, cinzas, apurou-se os desfiles das escolas de samba, Momo ainda imperante. Na quinta voltamos ao império de Dilma e quem pareceu em apuros foi Lula, o puro, criador da presidenta (sic), acossado por procuradores empenhados em esclarecer tudo que é traficância dele em Guarujá, em Atibaia, em Brasília, na Angola, em Cuba, no Panamá e alhures. Dias tranquilos, mas o espectro do impeachment paira no ar. É preciso evitar que o TSE leve em consideração as provas da Lava Jato, que são muitas. São provas emprestadas de outro processo, advindas de Moro, o implacável, o falamansa. Temer, o cordial, irmanou-se com Dilma no TSE. Já o antipático do Jucá disse (no Estadão) que nada está morto na política; o assunto impeachment esfriou, mas pode esquentar de uma hora para outra. Todo cuidado é pouco. Jucá articula a união entre a bancada do PMDB no Senado e o vice-presidente Michel Temer. Isso não é bom para Dilma. Bom para Dilma é o racha entre Temer e Renan, racha entre Temer e o Senado. Se o PMDB se une em torno de Temer, Temer pode adquirir ânimo e romper com Dilma, o que a fragilizaria e facilitaria seu impeachment. . . Dilma reuniu-se na...

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Dilma (Michel) & Vladimir

  João da Silveira 11/02/2016   Dilma (Michel) na Primeira Semana de Fevereiro Os petistas estão onde estão para o que der e vier. . . é a lógica orgânica do partido. . . é a ética partidária. Fecham-se em copas; não fazem delação premiada; blindam-se com alguns sacrifícios aqui e acolá; não seguem princípios morais, esses que animam ou desanimam as pessoas, que espiritam ou despiritam. Seguem apenas os princípios da organização, ainda que seja os de uma ORCRIM; e pintam-se como heróis do povo, agradando aí uns 10 a 18% dos brasileiros, seus seguidores, eles mesmos. Em fevereiro tem carnaval. Na primeira semana de fevereiro, semana de reinício formal dos trabalhos legislativos, o principal feito de Dilma foi sua ida ao Congresso. Em condições outras, ela não iria lá. Seus auxiliares explicaram que foi um gesto de humildade dela, para pedir o esforço de todos para tirar o país do atoleiro em que se encontra. A indústria brasileira teve queda de 8,3% em 2015 (IBGE). Desemprego e inflação crescem. Dilma quer socorrer a todos, não prejudicar ninguém. Mesmo assim foi vaiada quando falou no retorno da CPMF, que nada mais é que o sacrifício de todos. Os brasileiros não querem o sacrifício de todos, mas o sacrifício do PT, do PP e do PMDB, as ORCRIMs que assaltam o país. Há exceções, evidentemente. Bradesco e Itaú anunciaram...

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Dilma Rousseff

Três Antagonistas: Rousseff, Silveira e Temer   João da Silveira 05/02/2016   Michel Temer é um antagonista infeliz. Ele persiste no esforço de entendimento com Dilma Rousseff. Eu fui dela um antagonista feliz: disse-lhe “não” já no nosso primeiro encontro, há quase meio século. Éramos jovens. Éramos de esquerda. Foi em Belo Horizonte. Início de agosto de 1967, mês brumoso, frio, mês de queimadas e de secura no ar. Ar de revolução, de conspiração. Ela foi portadora de um comando para mim da organização Política Operária – POLOP. A ordem alterava o que havia acertado com a organização e, por isso, lhe disse “não!” Partidos e organizações Naquele tempo só existiam dois partidos políticos autorizados no país, a ARENA e o MDB. Aos partidos ilegais chamávamos ‘organizações’. A organização POLOP tinha me procurado no primeiro semestre do ano para que eu fosse candidato à presidência do Centro de Estudos de Jornalismo. Eles me ajudariam na campanha, me acompanhariam nas visitas às salas de aula. Eu não era membro da organização. Era simpatizante. Entre os estudantes de jornalismo havia um que era membro. Por que não era ele o candidato? Explicaram que ele estava “queimado”. Os universitários não votariam nele. A organização precisava de sangue novo discretamente. Eu era sangue novo, era discreto, e não vi nada de suspeito no que tratamos até ali. Ponderei que precisávamos de uma plataforma...

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