Dilma e Vladimir na ONU em 2015
João da Silveira 28/09/2015 Tradicionalmente o Brasil abre em setembro a Assembleia Anual das Nações Unidas. Dilma Rousseff foi lá pela quinta vez (2011-12-13-14-15), cumpriu a tradição e fez um discurso certo, mas inconsequente. ‘Inconsequente’ é palavra de duplo sentido; pode significar ‘sem importância’ e pode significar ‘irresponsável’. Uso a palavra aqui com esse duplo sentido. Vladimir Putin também esteve lá e falou. Há nove anos ele não ia à Assembleia Anual. Desta vez, apresentou sua visão multipolar do mundo em um discurso franco e consequente. ‘Consequente’ também é termo de duplo sentido; pode significar ‘importante’ e pode significar ‘responsável’. Uso a palavra aqui com esse duplo sentido. Barack Obama falou por fim e nos colocou diante de uma assimetria: com sua visão unipolar e imperial do mundo ele respondeu a Vladimir, mas não respondeu a Dilma. Não foi por indiferença que Obama não respondeu a Dilma. Foi porque o discurso dela não teve interface com o dele; não foi nem multipolar nem unipolar; foi o discurso das lamentações recorrentes do Brasil, percebidas rotineiramente no âmbito internacional como fumaça. 70º Aniversário das Nações Unidas Dilma e Vladimir fizeram um balanço dos 70 anos da ONU. Dilma: Buscou-se, naquela ocasião [1945], construir um mundo fundado no Direito Internacional e na busca de soluções pacíficas para os conflitos. Desde então, tivemos avanços e recuos. O processo de descolonização apresentou...
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